15-11-2010
A quem já colocou a hipótese de abordar um Psicólogo, poderá ser útil uma breve reflexão – de carácter informativo – acerca dos aspectos mais práticos, se assim se pode dizer, de uma primeira consulta.
Decidir, marcar e ir a uma primeira consulta de psicologia talvez faça sentir uma pessoa um pouco constrangida, insegura ou intranquila, por ser uma situação desconhecida e por não ter, talvez, uma ideia clara do que dizer, perguntar e esperar desse processo que está a iniciar...
Em linhas gerais, essa Consulta de Psicologia Clínica é a primeira forma de contacto da pessoa com o psicólogo e constitui o espaço indicado onde fala livremente de si própria e começa a ter lugar a abordagem da sua situação concreta; das dificuldades que está a vivenciar; do modo e do grau de condicionamento - mal estar - que está instalado no seu dia-a-dia; no fundo, do seu sofrimento.
Por outro lado, é também importante referir e compreender as razões que a levaram a essa primeira consulta, no sentido das suas expectativas e possibilidades.
Tal abordagem decorrerá de acordo com o ritmo da pessoa, do seu envolvimento e do aprofundamento necessário da sua condição; valerá a pena ter em conta que a complexidade das dificuldades poderão determinar um tempo alongado de consulta ou até uma 2ª consulta inicial.
É feita, então, por parte do psicólogo, uma análise exaustiva de todo o conteúdo da consulta e elaborado um plano de tratamento exequível que, do ponto de vista técnico e com os dados em causa, se constitua como um trajecto a seguir para os objectivos que foram, entretanto, delineados.
Esse projecto será, finalmente, apresentado para que possa ser pensada e equacionada a sua viabilidade, valendo em si mesmo como acordo funcional entre os dois intervenientes.
E pode começar aqui uma outra etapa… tal como uma psicoterapia!